Um grão de cada vez: A história do arroz
- Natalya Lima
- 8 de out. de 2017
- 3 min de leitura

O arroz é um alimento popular que está sempre presente na alimentação cotidiana do povo brasileiro. Alguns autores afirmam que o Brasil foi o primeiro país a realizar o cultivo de arroz no continente americano e que muito antes dos portugueses colonizarem o país, os índios tupis já colhiam e cultivavam o “milho d’água” ou “abati-uaupé”, como era conhecido o arroz na língua nativa daquela tribo. Mas um fato curioso a respeito do arroz é: De onde veio esse alimento tão popular que é visto como a base alimentar de cerca da metade da população mundial ?
A origem do arroz é um assunto que desperta teorias diversas ao seu respeito. Vários estudiosos afirmam que tudo teve início no sudeste da Ásia, mais precisamente na Índia, pelas províncias de Bengala e Assam, onde foram encontrados os primeiros grãos de arroz em sua forma selvagem. Porém, uma outra versão sobre a origem do arroz se perpetua diante dos estudiosos e historiadores. Com base nas referências mais antigas, por meio da literatura chinesa, alguns autores afirmam que a verdadeira origem do arroz se deu na China, mais precisamente na cidade de Pengtou Xiang. Enquanto realizavam escavações na cidade, alguns historiadores encontraram tigelas antigas que traziam consigo alguns grãos de arroz. Após uma análise realizada grão a grão com Carbono 14, foi possível comprovar que o arroz havia sido cultivado na região de Hunan, situada no vale do rio Yangtze,há cerca de 8200 A.C.

O arroz é constituído por sete espécies principais do gênero “Oryza” e se caracteriza como uma planta da família das gramíneas, que ocupa o lugar de terceira maior cultura cerealífera do mundo, ultrapassada apenas pelo milho e pelo trigo. A denominação Oryza se trata de um termo científico e botânico para classificar o arroz, sendo assim, nós temos o Oryza barthii, Oryza glaberrima, Oryza latifolia, Oryza longistaminata, Oryza punctata, Oryza rufipogon e Oryza sativa, as sete principais espécies de arroz. Mas dificilmente você verá alguém perguntando aos funcionários de supermercado se eles tem “oryza longistaminata” no estoque. Sendo assim, é importante conhecer as denominações utilizadas popularmente para identificar as espécies de arroz que são oferecidas pelo mercado alimentício, sendo elas: Arroz branco, arroz integral, arroz paraboilizado, arroz negro, arroz vermelho, arroz cateto e arroz arbóreo.

Estudos gastronômicos afirmam que o consumo de arroz traz muitos benefícios à saúde, tais como a diminuição do risco de diabetes, proteção contra o câncer de intestino grosso, baixa o colesterol, estimula a liberação da energia celular e também alivia os sintomas da menopausa. Mas nem só de grãos vive o arroz. Apesar de suas sementes serem envoltas por uma casca, considerada uma camada protetora, elas também podem ser utilizadas para a produção de novos materiais, como o óleo vegetal de arroz, rico em vitamina E.

Para a obtenção desse óleo, as sementes passam por um processo de polimento, onde a sua casca é removida e através dela se cria um subproduto conhecido como farelo de arroz e é a partir dele que é extraído esse óleo vegetal. O óleo pode ser utilizado tanto para cozinhar e ingerir alimentos, como para fins estéticos, trazendo diversos benefícios tanto para a pele como para os cabelos. Alguns desses benefícios são: a prevenção do envelhecimento precoce da pele, seja ele natural ou causado pelo sol. Assim como o fortalecimento da raiz capilar, auxiliando no crescimento saudável dos fios e no controle das pontas duplas e ressecadas, dando brilho e sedosidade. As propriedades benéficas do arroz são muitas, de fato. Não é atoa que ele continua, dia após dia, sendo um elemento primordial na alimentação popular do Brasil e do mundo.

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